É bastante doloroso aguentar o frio fino de bater o dente, que se faz sentir na praia aquela hora, e principalmente conseguir enxergar um palmo a frente do nariz, face à neblina espessa que cobre toda areia.
Sejam que horas forem, a praia nunca está completamente vazia. Aqui e além encontram-se conhecedores do mar que nos levantam o braço em sinal de cumprimento.
Procurámos um porto de abrigo, e depositámos os ossos enregelados dentro dos sacos camas. Passámos a noite a rir.... com os olhos esbulhados no escuro a tentar decifrar quem era quem. E riamos numa bebedeira despropositada de quem não tinha bebido uma gota de álcool. Por fim, quando a noite já ia bem alta adormecemos, formamos o circulo cinco.
Fui a primeira a acordar com a luz fosca. Procurei os outro, e todos dormiam profundamente. Dei duas voltas para desentorpecer o corpo, e esperei tranquilamente.
De olhos posto no céu e de mente vazia do que quer que fosse, observei o nascer do sol num espectáculo de cor e luz. Um espectáculo que a natureza ensaia todos os dias e encenou especialmente para mim naquela manhã... fez-se dia!!
Já estavam de olhos aberto quando os procurei pela segunda vez. Todos tínhamos assistido aquele nascer de dia em silêncio. Pouco mais tarde, alguém disse uma piada sobre a Senhora que passeava com um lindo e grande chapéu rosa choque... e começou tudo de novo...
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
2 comments:
Ainda bem que nem toda a vê os outro como lenços descartaveis,
és muito bonita....
Já te disse várias vezes que acredito que ambas navegamos em mundo paralelos. E já vivemos factos que o confirmam...
Acredito imenso numa palavra "Amizade", seja ela de que forma for..
Post a Comment