Wednesday, July 26, 2006

Revelatione

- Deixa-me experimentar!! Pulou em saltinhos nervosos
- Tem cuidado, é muito peso para ti...
- Não. Eu consigo. Respondeu decidida
- Não te afastes!!
-
Acelera. A sensação de liberdade é demais para descrever como ela me contou. O vento redobra perto dos ouvidos e sussurra palavras de encanto levando-a a completa loucura. Em atenção redobrada na manobra de uma coisa completamente nova, e de um sonho mais do que desejado, mas semi- concretizado, sorria. Os cabelos chicoteavam a brisa e parecia que sempre fizera aquilo. Alias sempre o fizera, mas em desejos mais pequenos.

O fim do curto caminho foi alcançando. Ficou presa no regresso. Apercebeu-se que aquele desejo não era para ser vivido sozinha, chamou-o. Ainda tentou até à exaustão soltar-se das correntes. Resignou-se. Enquanto ele se aproximava acalmou e o coração disparou. Procurou os seus olhos. Prenderam o olhar em tantas certezas anteriormente postas em causa e arrumadas num cantinho chamado eternidade. Tentou reprimir as lágrimas em vão que, magicamente mesmo antes de se pendurarem no fundo do rosto, iam secando cada vez que ele se aproximava, e como um bálsamo para todos os efeitos explodiu. Sentou-se. Agarraram-se...

- Anda, eu levo-te. Murmurou num lindo sorriso.

Friday, July 21, 2006

A arvore que era branca...


A certeza estava num grito que seria branco. O conceito desde cedo que se enquadrava na simplicidade daquilo que considerava belo. Olhei-a pela primeira vez num papel digital e automaticamente os ramos presos pela objectiva sussurraram o meu nome em silvos repetidos. Estremeci. Sabiam o meu nome. Sorri.
Senti na pele o vento que se cruza em uivos nos seus numerosos braços feitos de raízes entrelaçadas e na boca um sabor a perlim pim pim...
Inspirei. Inspiro e transformo-me em qualquer coisa não humana. Sou vento, brisa, pó, fumo cor de rosa... qualquer coisa que me envolva numa gigantesca harmonia...

Shuuuuuuu escutem!!!