Era de noite e as formas da terra tornam-se em gigantes sombras de grandes monstros devoradores. Mortais. As grutas, formadas pelas rochas lá bem ao fundo, pareciam enormes bocas abertas, horrendas numa imaginação alucinante. Lutaram contra línguas marítimas em pulos frenéticos e sentiram-se pequenos correndo de mãos dadas. Por fim exaustos caíram em gargalhadas na areia escura.
Abriram os olhos e vislumbraram as estrelas espalhadas por uma, pouco definida, estrada láctea sem fim. Encontraram o principio e seguiram para sempre.
Ao fim de duas noites perdidas em insónias emprestadas, era impossível aquilo estar acontecer. Forças para lá de humanas corriam pelos músculos e pelos sentidos. Conseguiu fintar o cansaço e envia-lo para o dia seguinte. Amanhã que voltasse. Naquele instante nada mais era importante e não queria estar em nenhum outro lugar.
Não queria perder o momento por nada, apetecia-lhe viver... sentir-se viva.
8 comments:
Como é lindo o horizonte laranja, o vermelho que depois surge e se funde com as primeiras estrelas da via láctea:)
É bom ouvir, sentir, cheirar o mar a combater com as rochas, ver a espuma branca na areia sob a luz dum luar enorme...
Mais um texto encantado Kolm, mais uma viagem fantástica:)
Beijinhos:)
Tu consegues trazer-me imagens. Levar-me a um caminho escuro, mas com uma mão a segurar-me.
tão bom quando há momentos com este poder: Conseguiu fintar o cansaço e envia-lo para o dia seguinte. Amanhã que voltasse.
Encontraram o principio e seguiram para sempre.
amei...
mil jinhos
lindo ver o horizonte em tom laranja.
(Beiruo, bora??)
bjinhos
Adoreiiiiii.
lindo.
bjs
saudades de santiago...
lindissimas as tuas palavras...
Já está a passar muito tempo... sem palavras...
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