
Descobriu daquilo que era feito, como num estalar de dedos, no preciso momento em que o tempo se roçou na irrealidade de dias comuns. Num simples esperar de cruzamento. Sabe que é preciso estar atento porque nem sempre se consegue ser sugando na contagem decrescente em que se pode largar. Há que saber largar e regressar porque existe o perigo de não encontrar o regresso... de não se querer regressar.
A voz que lhe sopra palavras encantadas enquanto bate num material qualquer, chama-o de tal maneira que a inquietude daquilo que o tormenta torna-o ainda mais desesperado. Em palmas de mãos enrugadas, entranhadas no liquido espesso, espera o derradeiro mergulho. Despe-se. E não demora muito a sentir. O silêncio.
Agora, àquilo que outros fogem a ele e só a ele atrai. Um autêntico caleidoscópio liquido, agora cristalizado em mil cores, mas que se derrete surpreendentemente com o frio e com a chuva batida, no vento de uma intensidade forte contra o mundo... - adoro as tempestades! – Sussurrou-me, antes mesmo de gritar fortemente por mim!!!
"So I love like they do under the sea..."